Cinomose é uma doença que ataca, comumente os filhotes. Mas, que também pode atacar cães mais velhos que não são vacinados e contam com a imunidade mais baixa.
A doença é contagiosa, dolorosa e atua em todo organismo. O grau de alteração clinica e os tecidos envolvidos variam dependendo da cepa do vírus e do estado imunológico do hospedeiro, (Greene e Vandevelde 2012).É Causada por vírus e possui uma taxa de mortalidade extremamente alta comparada à outras doenças.
Se você quer saber mais sobre o que é essa doença, como prevenir e quais são as vacinas que o seu cão deve tomar para que não corra o risco de contrarair a “virose canina”, continue lendo o conteúdo com bastante atenção!
Mas, afinal, o que é a cinomose?
É uma doença com grau de perigo extremamente alto e que pode ser letal para os cães com pouca ou muita idade, que geralmente possuem um sistema imunológico pouco desenvolvido e/ou enfraquecido. A cinomose ou “virose canina” é uma doença que se desenvolve muito comumente em cães filhotes que, na sua grande maioria, são os filhotes com menos de um ano de vida.
É uma doença preocupante por ser sistêmica, atingindo vários órgãos de uma só vez e atuando em todo o organismo. Em cães imunossuprimidos, ocorre uma replicação massiva do vírus nas células epiteliais dos tratos respiratórios e gastrointestinal e no aparelho geniturinário, 9 a 14 dias após a infecção. A maioria dos cães infectados desenvolvem infecção no sistema nervoso central.
O Vírus infecta também os cães adultos
Mesmo que a doença acometa mais filhotes, não significa que cães de todas idades não possa ter, a cinomose ou virose canina é contagiosa entre os cães e ataca animais que não foram devidamente vacinados ou que possuem imunidade baixa.Cinomose canina; Vírus ou bactéria
A doença é causada por um vírus e não bactéria, como algumas pessoas acreditam. O vírus de cinomose canina sobrevive aproximadamente uma hora em exsudatos à temperatura do corpo, e por cerca de 3 horas a temperatura ambiente, sendo suscetíveis a maioria dos desinfetantes hospitalares de rotina (os mais comuns mesmo).A Doença pode levar o filhote à òbito?
É muito comum as pessoas acabarem se perguntando se essa doença, a cinomose, pode levar o cão a óbito. E de fato a taxa de mortalidade é bem grande comparada aos animais que conseguem sobreviver, ficando em 85% contra apenas 15% que, de fato, conseguem combater a doença e continuar vivendo.
O problema dos 15% que vivem é que, na grande maioria, os cães ficam com sequelas neurológicas graves e, nesses casos, muitas vezes o bichinho precisa ser sacrificado.
Essa doença infecta os animais, independente da época do ano, sexo ou raça. Portanto, é melhor assumir um pouco mais de trabalho e fazer o que puder para evitar a doença, do que ter que passar por isso, certo?
Sintomas da cinomose: Quais são?
Um dos primeiros sintomas da doença é a febre. Mas, esse, com toda certeza, não o único, até porque, a cinomose é uma doença que ataca por diversas formas e frentes, sendo o sistema respiratório o mais afetado e o principal sinal clinico quando afeta o sistema nervoso central levando ao quadro neurológico. O seu cão pode começar a tossir, correr sem parar e espirrar, pode ser que ele apareça com conjuntivite, inchaço nos olhinhos e nariz escorrendo. Além disso, ele pode ter vômitos ou diarreia. Se existem sintomas claros e que são característicos da doença, esses são: ressecamento da pele inferior das patas (as almofadinhas), descamação e nariz sempre muito úmido, como se estivesse gripado. Como a doença também pode atacar o sistema nervoso, pode ser que o seu cão sofra com ataques repentinos, convulsões, tiques nervosos, espasmos musculares e até mesmo paralisia nas patas traseiras do cão.
Cinomose: Meios de transmissão do virus
O vírus se replica em tecidos linfoides, nervoso e epitelial e é excretado em exsudatos respiratórios, fezes, saliva, urina e exsudato conjuntival por 60 a 90 dias após a infecção.
Meios de Diagnóstico da Cinomose
Existem varias maneiras de diagnosticar a cinomose, desde um teste rápido ate o exame de pcr, associando sempre com os sintomas clínicos.
Entenda como prevenir a doença
Lembra da frase, "prevenir é o melhor remédio?" como passo zero e um dos mais importantes para evitar a cinomose e garantir a saúde do seu pet: esteja em dia com a vacinação.
Vacinar o seu cão com a V8 e V10 é fundamental para garantir que o seu bichinho não seja atacado por essa doença e várias outras. No caso dos filhotes, que são focos principais da doença, você pode vacinar a partir da sexta semana de vida, ou com a puppy com 30 dias de vida de acordo com desafio, apenas na primeira fase de vida, seu filhote deve receber três doses da vacina, após esta etapa de vida, será necessário dar o reforço apenas uma vez ao ano.
Com o seu cão vacinado, ele estará protegido. Mas, mesmo com o seu sistema imunológico protegido, é importante que você mantenha o seu cão em um ambiente que seja desinfetado com frequência, que permita a entrada de luz solar e que seja arejado.
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Existe algum tipo de tratamento para a cinomose?
Infelizmente, não existe um tratamento especifico além do tratamento de suporte, vai depender muito do estagio da doença e estado imunológico do animal. O máximo que você pode fazer, assim que descobrir que o seu cão sofre com cinomose, é utilizar os medicamentos receitados pelo seu Médico veterinário para que o seu cão não sofra tanto com os sintomas.
Se o seu bichinho estiver infectado com a cinomose, é fundamental que ele seja isolado de outros animais, seja mantido em um lugar limpo e arejado, tenha alimentação correta e tenha muito amor e carinho nessa fase difícil e dolorosa, tanto para ele quanto para você. Não deixe que essa doença se espalhe ainda mais, vacine seu cão!
No Brasil, a maior parte dos cães não são vacinado e se encontram vulneráveis a contaminação da doença. A cinomose não escolhe raça, sexo e muito menos época do ano para atacar os bichinhos, então, não corra o risco de fazer com que o seu animal sofra deste mal, Vacine o seu filhote o mais rápido possível.
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Sobre o Autor:
Claudir M. Freitas , Médico Veterinário Bacharel em Medicina Veterinária pela Universidade Anhembi Morumbi. Atuando como Veterinário na Clínica Veterinária Mundo Animal em Vargem Grande Paulista desde 2014. |